- Oi Manu,
tudo bom? – Caio atendeu o celular.
- Você pode
me socorrer?
- O que
houve?
- Estou aqui
na entrada do salão de festa cheia de sacolas, vem me ajudar!
- Ah, claro!
Estou indo.
Caio que já
tinha chegado, correu para ajudar Manu. Era de manhã ainda, dia do noivado.
- Quanta
coisa!
- Quero
caprichar, Vanessinha merece, é um amor de pessoa.
- Não lembro
de tu falar dela.
- É que
agora ela mora em Nova Iguaçu, difícil a gente se ver. Mas ela cresceu aqui na
Ilha do Governador.
- Entendi. E
Pietra?
- Na Penha.
- Não Manu -
Ele riu – Onde esta Pietra?
- Ah, ta.
Acredita que acordou só porque eu liguei?
- A cara
dela, dorme mais que a cama.
Eles
entraram e Caio voltou ao trabalho. Manu ficava observando toda hora. Ela não
conseguia disfarçar a curiosidade e interesse em tudo que ele fazia.
- Eita Deus!
Depois fica com torcicolo e não sabe por quê. – Pietra chegou.
- Menina,
não é que ele é esforçado mesmo? Não para!
- Que bom!
- Caraca, dá
pra ver pela postura, sabe? Isso é tão bom.
- Show nega,
fico feliz por você. O que posso fazer pra ajudar?
- Caio já
distribuiu as mesas, tu pode colocar os vasinhos de flores? Só que tem que fazer
os lacinhos de fita, esqueci de fazer.
- Beleza.
Manu pegou o
celular e colocou sua playlist favorita, ela vivia a base música. As duas
ficaram cantando e fazendo as coisas. Caio de longe, pela janela da cozinha a
observava, sorrindo. Fazia cara de bobo enquanto lavava alguns materiais na
louça. Ele adorava o jeito dela, seu cabelo azul enrolado em um coque despojado
e soltinho. Ela estava de short jeans rasgado e blusa listrada branca e
vermelha, bem a vontade. Corria pra lá e pra cá descalça, seu pé estava preto,
parecia uma criança. E ela nem ligava, cada detalhe que dava certo vibrava com
Pietra. Era simples e isso o cativava sobremaneira.
Manu olhou
para o lado e viu Caio olhando pra ela. Sorriu sem graça.
- Vai lá
conversar com ele um pouco. É só falar a próxima coisa que eu faço. – Pietra incentivou
a amiga.
- Tá bom.
Vou rapidinho. – Manu olhou em volta para lembrar – Pega aquela caixa de fotos,
e faz um coração naquela parede com as fotos, igual te mostrei outro dia.
- Que brega,
é tão clichê.
- Mas a
noiva pediu, eu só obedeço.
- Não tem
bom gosto... Até mesmo porque, quem escolhe laranja para um noivado?
- Para de
reclamar sua boba!
- Tá bom, tá
bom.
Pietra pegou
a caixa e foi em direção a parede. Manu foi falar com Caio, cheia de vergonha.
Os dois conversavam em tom de paquera.
Pietra olhou
e balançou a cabeça “esses dois não tem jeito. São um grude!”. Quando ela pegou
as fotos para começar colar, congelou. Não acreditava no que seus olhos viam.
Deu um grito e deixou a caixa cair.
Manu e Caio
se assustaram e correram para a amiga. Ela se abaixou e começou olhar as fotos,
pasma. Sua testa estava franzida. Eles nunca a viram assim. Ela parecia não se
convencer, olhava cada vez mais fotos e lia em seus versos as datas de cada
uma. Ela ficou alguns minutos assim, sentada no chão, rodeada por fotos e agoniada.
Aqueles instantes pareciam eternos para Manu e Caio. Eles estavam sem reação.
- Não é possível.
Isso não pode ser verdade! – Pietra finalmente disse algo.
- Pietra,
você esta começando a me dar medo. O que foi? – Manu estava preocupada.
- Qual é o
nome dos noivos?! – Perguntou bastante alterada.
Manu segurou
na mão de Caio.
- O que esta
acontecendo Pietra? – Caio falou.
Pietra
correu até as lembrancinhas, rasgou a sacola, pegou a primeira que viu e leu os
nomes.
- Não é
possível!
Continua...
(Não me
matem, rsrs. Sai quarta!)
😱 vai deixar a gente curiosa ��
ResponderExcluirLogo na melhor parte
ResponderExcluirEita esse supreendeu...
ResponderExcluirEssa historia é muito boa.