- Oie amiga! Como você esta? - Manu chegou e deu um beijo na bochecha de Pietra.
Já era outubro, o ano estava passando rápido. Logo elas terminariam o ensino médio. Manu já sentia um aperto no coração. E por causa disso procurava aproveitar mais ainda cada momento na escola.
- Estou bem... - Pietra não conseguia disfarçar muito bem.
- Pietra, tu é transparente fofa. Não esta tudo bem...
- É um pouco de cólica, quem fica feliz com cólica?
Manu olhou para Pietra e pelo seu olhar sabia, não era só isso. Mas como viu que a amiga não queria falar no assunto não insistiu. E Pietra logo desconversou.
- E aí? Esta orando sobre o Caio, sobre ele ser "lerê lerê"?
- "Lerê lerê"?
- Trabalhador!
- Cara, até mal tu faz piada?! - Manu riu.
- É minha filha, "nóis" sofre, mas não se entrega.
Manu continuou andando, elas tinham se encontrado na entrada da escola.
- Bom, tenho orado há dias, não tive reposta ainda. Deus tem me ensinado a ser paciente. Estou de boa, na hora certa Ele vai responder, vai me ajudar a descobrir isso.
- A pergunta é como?
- Não faço ideia, mas confio nele.
- E o Carlos, como esta?
- Mas ocupado que nunca, trabalhando e estudando... Mal nos vemos.
- São fases né amiga?
- É. É bom que dá saudade... - Falou com o olhar distante.
- Cara, tu tá muito estranha. - Manu não se conformava.
O celular de Manu apitou. Elas caminharam mais um pouco e sentaram em um banco perto da sala.
- Vamos ver quem é. - Manu abriu o bate-papo - Ih, é Lilli!
- Nossa, mandou vários áudios. - Pietra olhou para o celular.
Caio chegou, abraçou as amigas e deu um beijo na testa de Manu. Seu olhar se iluminava quando a via.
- Vocês são tão fofos. - Pietra soltou.
Os dois riram sem graça.
- O que estão fazendo? - Caio perguntou.
- Ouvindo uns áudios da Lilli. Uma amiga minha vai noivar. - Explicou Manu.
- Poxa, legal, podem continuar, não quero atrapalhar não.
- Fica aí, tu é de casa, seu bobo - Pietra o puxou para sentar no banco.
Lilli estava falando sobre alguns detalhes do noivado, até que mandou um último áudio:
"Manu do céu, a festa já é esse sábado. E a tia Tina tem festa sexta, sábado e domingo. Acredita que o ajudante dela ficou doente? Hoje é quarta, ela precisa arrumar um cara pra ajudar. Alguém de confiança, é muito trabalho. Ela esta preocupada coitada! Conhece alguém?"
- Ora, eu! - Caio falou - Se você concordarem, é claro.
Manu olhou para Pietra com "aquela cara" de assustada.
- O que foi? - Caio estranhou - Falei algo errado?
- Tu viu que é muito trabalho, né Caio? - Falou Pietra.
- Sim, não tem problema.
- É sexta, sábado e domingo! - Pietra enfatizou.
- Eu sei. Preferia que não tivesse domingo por causa da igreja, mas posso ir no culto da manhã, também é muito bom. - Caio pausou olhando o silêncio das meninas - O que foi? Vocês estão engraçadas.
Manu não conseguiu falar nada. Pietra por sua vez...
- Mas você já trabalhou antes?
- Como filho de pastor faço de tudo um pouco. Na obra social, na hora de limpar a igreja, atender pessoas, quando tem alguma festinha... Brinco que sou o faz-tudo. Só que sempre faço no amor né? Vai ser legal receber um dinheirinho, afinal... como vou chamar a Manu para sair se não puder pagar?
- Ah garoto, amei! Sagaz! - Pietra riu e deu um toque na mão de Caio.
- Oi?! - Manu arregalou os olhos.
- Cara, esse é meu garoto, que orgulho. - Pietra fez palhaçada - Sabe aproveitar as oportunidades.
- Vocês são muito bobos sabia? E quero ver se você é trabalhador mesmo seu Caio, vou estar no sábado lá. - Manu ficou na defensiva.
- Pode ir até na sexta de surpresa. Sou estudioso, mas não tenho medo de trabalho não, me esforço mesmo e isso pra mim é tão normal, não sei porque esse espanto de vocês.
- Eita gente! Olha isso... - Pietra chamou a atenção.
Os três olharam para o lado, alguns bancos distante tinha um rapaz ouvindo música no fone. A questão era que a música estava saindo pelo celular também, bem alto. Todos que passavam estavam ouvindo e rindo.
- Tadinho. - Pietra se comoveu.- Ele tem uma cara de bonzinho, na maior inocência, que dó. Não aguento isso não.
Pietra levantou e foi falar com o rapaz. Quando chegou perto dele ouviu as pessoas comentando e não resistiu:
- Ei! Estão olhando o quê? Saiam daqui!
O rapaz ficou assustado e desligou a música.
- O que houve?!
Pietra se aproximou dele e tentou falar com jeito.
- Olha fofo, o som não estava só no fone.
- Cara, sério?
- É, mas não liga não.
O rapaz ficou vermelho instantaneamente e bastante constrangido. Pietra ficou com muita pena.
- Você é tímido né?
- Uhum. - Ele não conseguia olhar pra ela.
Pietra achou muito bonitinho o jeito tímido dele.
- Qual é seu nome?
- Carlos.
- Cruzes! Sério? - Ela falou sem pensar.
- O que tem de errado?
- Não, achei muita coincidência... Mas deixa pra lá. - "Por que eu fui falar isso...?"
- Pode me chamar de Carlinhos.
- Eu sou a Pietra.
- Eu sei, não tem como não te conhecer.
- É?
- Você é tão animada, bagunceira, acho seu jeito bem legal. - Carlinhos ficou vermelho de novo - De qualquer forma, obrigado por ter me defendido e ajudado.
Carlinhos abriu a mochila e pegou um bombom.
- Aqui, pra você. É de Nutella.
- Cara, tu conquistou meu coração agora! - Pietra riu, ela amava Nutella. - Obrigada!
- Eu que agradeço, até mais.
- Até.
Carlinhos saiu ainda mais envergonhado, e Pietra voltou para Caio e Manu que estavam sem entender nada.
- É meu povo, vou defender mais as pessoas. - Mostrou o bombom. - Muito bonzinho, Carlinhos. Tá, eu sei, esse nome me persegue. Mas enfim, não me lembrava dele.
- Ele ficou com tanta vergonha, deu um dó. - Manu falou.
- Nem me fala, super tímido. Acho tão bonitinho, gente tímida assim. Acho fofo.
- É? - Caio fez uma careta.
- Ei! Não é nada, tenho namorado, só acho engraçadinho. Povo desconfiado, eu hein...?
- A gente só esta te zuando, nervosinha. - Manu levantou e pegou a mochila para ir.
Os três foram para sala conversando e rindo.
Continua...
Quero ler o proximo logo kkkk muito legaaaallll
ResponderExcluirSuper anciosa
ResponderExcluirTô amando essa história, já estou à espera do próximo capítulo!
ResponderExcluirTbm quero ler o próximo capítulo. Já vi que esse novo Carlos promete
ResponderExcluirTbm quero ler o próximo capítulo. Já vi que esse novo Carlos promete
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