Veja a parte
1 AQUI e a parte 2 AQUI!
- Manu,
posso falar com você? - Indagou Caio - É sobre aquele assunto.
- Ou seja,
"Pietra, te manda!". - Pietra brincou e foi saindo.
- Claro que
não - Manu segurou o braço de Pietra. - Não há segredos aqui.
- É um
negócio da igreja, não sei se Pietra vai entender bem.
- A gente
explica, oras.
Pietra não
era evangélica, nem católica, nem nada. Acreditava em Deus, mas sem grandes
raízes. Caio estava receoso em envolver Pietra nisso, já Manu, achou uma boa
oportunidade para ela se aproximar da igreja e mais ainda, de Deus. Pra Manu,
que já tinha experiência nisso, era uma questão de "preparar bem o
solo". Preparar bem Pietra, com paciência, amor e sabedoria. Até mesmo o
fato de Pietra acabar conhecendo alguns defeitos da igreja logo de cara,
conduzindo bem, Manu achava saudável. Achar que a igreja é perfeita é uma das
piores imagens que se pode vender a alguém que não a conhece. Manu tinha plena
consciência disso. Cristãos realmente firmes tem bases sólidas, boas
preparações, cheias de clareza, fé e realismo. Era isso que Manu estava
disposta a dar. Muitos ignoram essa fase, deixam pessoas novas soltas pela
igreja. Mas eles precisam de direção, se posicionar, saber como agir e pensar
sobre as verdades da fé. Não, não é algo de um dia ou dois. Mas por Pietra,
Manu usaria quantos fossem necessários.
- Bom, depois
de muito pensar, tive uma ótima ideia para conseguirmos revolucionar minha
igreja! - Começou Caio.
- E por quê?
Precisa? Há algo errado com ela? - Perguntou Pietra - Que história é essa?
- É o
seguinte miga, eu e Caio conversamos muito um dia desses e combinamos de fazer
algo para ajudar melhorar a igreja dele. O que acontece, a igreja evangélica
não é a mesma em todos os lugares, como você já deve saber, tem segmentos,
chamamos de denominações. Aí cada denominação tem um nome, Assembléia de Deus,
Batista, Quadrangular... E por aí vai. Todas usam a mesma Bíblia, mas a
postura, a forma que a interpretam e reagem a ela é diferente. Fora o próprio
estilo da igreja, que reflete muito a liderança do pastor ou o histórico
daquela igreja, de quem a fundou. Por exemplo, a Assembléia, quem fundou foram
gringos que tinham costume de usar terno e ser conservadores, e o que
aconteceu com a Assembléia?
- Até hoje
usam ternos e são mais formais. É o costume lá. - Completou Caio.
- Entendi. -
Falou Pietra digerindo tudo aquilo.
- A Bíblia é
igual, as pessoas não. Por isso essa variedade, aqui na terra. - Explicou Manu.
- No céu
seremos uma igreja só - Completou Caio. - Essas diferenças aqui, em certo ponto
são até boas: tem lugar para todo mundo!
- Mas tem
alguma que é mais certa? - Indagou Pietra.
- Todo mundo
vai achar que é a que participa né? - Manu riu, Pietra concordou - Mas o fato
que queríamos explicar é que independente do costume que se tenha em uma
igreja, isso não pode estar acima da Bíblia.
- Só que em
muitos lugares tem acontecido isso. - Falou Caio - Esses costumes estão tão
presentes que as pessoas se confundem e, sem perceber, dão a eles um peso maior
que a própria Bíblia, a ponto de julgar e criticar que não os segue. Esquecem
que não somos Deus para julgar, esquecem que o amor é a essência do evangelho.
- Na igreja
evangélica ou não, sempre tem um povo que viaja! - Pietra concluiu.
- Não diria
melhor. - Caio riu.
Ele não
estava acostumado com esse tipo de evangelização, mas se sentia feliz e
empolgado em participar disso e ver dando certo. Ele achou impressionante como o
jeito de falar, a sabedoria, fazia tanta diferença! Evangelizar não é sair
falando tudo que vem à cabeça, as pessoas não são burras, não tem que
"engolir" Deus, tem que ser convencidas que precisam. Ele percebeu
que, sem dúvida, o amor com que Manu falava era o mais importante, ela se
importava, levasse o tempo que for. Tem gente que é sábio, tem jeito pra falar,
mas não é por amor, o falar pode até ajudar, mas o amor convence. Caio via isso
nos olhos de Manu e isso, o cativava muito.
- E na igreja
do Caio tem essa galera. Eles são bem conservadores e isso entrou tanto na
cabeça deles, que andam até preconceituosos. Porque mesmo cristãos Pietra,
continuamos sendo humanos. Tem uma frase que gosto muito que diz "A igreja
não é museu de santos, mas um hospital de pecadores". Ou seja, esta ali
quem reconhece que precisa melhorar, que precisa e quer mais de Deus, entende?
- Mas como
assim pecadores? Eu nunca entendi isso. Sou pecadora?
- Pecado é
quando não fazemos a vontade de Deus, são coisas que nos afastam dele. A Bíblia
fala que Jesus é o caminho. Caminho pra onde? Para o céu, para a salvação.
Então quando pecamos se afastamos de Deus, do caminho.
- Salvação do
que? Eu estou bem. - Pietra ficou confusa.
- Miga, quero
que você imagine na sua mente uma gota. Imaginou?
- Sim.
- Beleza.
Agora imagine o oceano.
- Imaginei.
- Então, a
gota é a vida terrena, o oceano é a vida eterna.
- É, baita
diferença, nem se compara!
- Pois é. E
esse tamanho é proporcional a importância. Entende porque se importamos tanto
com a vida espiritual? Ela é eterna.
- E você sabe
os lugares onde podemos passar essa vida eterna né? - Perguntou Caio.
- Céu ou
inferno. - Respondeu Pietra.
- Sim. Eu
quero ir para o céu e acredito que você também. E como eu disse, Jesus é o
caminho. Mas mais que querer simplesmente ir para o céu para não ir para o
inferno, devemos querer ir para ficar juntos de Deus, por causa de quem Ele é.
Viver com Jesus é a melhor coisa que existe! Ele é nosso chão, nossa força,
nossa paz. Quando você conhece Deus, o amor dele é tão transbordante, que não
tem como não se apaixonar.
- Que lindo,
deve ser mesmo. Quando você fala dele seus olhos até brilham.
Manu sorriu
constrangida. Caio falou:
- E o que nós
queremos Pietra é ajudar essas pessoas da minha igreja. Elas estão sendo
preconceituosas, mesmo involuntariamente. Terno não salva ninguém, como você
aprendeu.
- É Jesus! -
Respondeu orgulhosa de ter entendido.
- Caraca, tá
sabendo mais que muita gente. - Caio riu, ele e Pietra fizeram um toquinho com
as mãos.
- E como
pretendem fazer isso? - Pietra se animou.
- Eu tive uma
ideia genial. Só que não posso contar tudo ainda.
- É isso
mesmo "produção"? Você vem, enche a gente de expectativa e diz que
não pode falar? - Questionou Manu.
- Calma,
vamos por partes, o que puder, eu falo. Mas eu queria fazer uma pergunta, acho
que já te ouvi comentando sobre isso. Você faz trabalhos comunitários, né?
- Sim. Com um
grupo da igreja, a gente vai a asilos, orfanatos, hospitais... Distribuir um
pouco de alegria e amor.
- Ahhh, então
era por isso que tu falou que ia ao hospital outro dia? - Pietra retrucou.
- Sim! Vamos
em alguns finais de semana.
- Posso
participar? Adoro isso!
- Claro miga,
vai ser uma honra, o pessoal vai te amar. É um bando de doido, quando vamos ao
orfanato vamos fantasiados. Às vezes encenamos até histórias da Bíblia pra
criançada.
- Ah não,
pára! Amei!
Caio ficou só
olhando, as duas mega empolgadas. Manu tinha um jeito diferente de lidar com as
coisas. Na igreja dele, para participar de qualquer atividade tinha que estar
seis meses na igreja, ter feito discipulado e ser batizado. "E Manu aceita
ela assim, de graça?", era difícil pra ele aceitar isso, mas tentou fingir
que estava tudo bem.
- Mas por que
você quer saber disso Caio? - Perguntou Manu.
- Porque no
próximo mês vai acontecer o "mês missionário" lá da igreja. E pensei
em registrar esse trabalho que você faz, filmar, mostrar um pouco. E dividir em
quatro vídeos, um pra cada domingo. Afinal, isso é uma forma de fazer missões.
- Tá, ok... -
Falou Pietra - E a parte genial?
- Nossa!
Delicada hein? Mas enfim, essa parte é surpresa. E aí, topam?
Manu olhou para Pietra, elas pensaram um pouco, até que Manu falou:
- Ta bom,
confio em você!
- Beleza,
também estou dentro. - Pietra concordou.
- Então, mãos a obra! - Caio comemorou.
Ele tinha um plano. Um plano ambioso. Estava orando pra Deus tomar a frente. Filmar seria só a parte fácil...
Continua...
Beeijinhos
Só eu aqui quero muito ter uma amiga como a Manu? kkk qual será esse plano em .....
ResponderExcluirTambém quero
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